31.3.09

É mesmo?

“O mestre zen Hakuin morava numa cidade no interior do Japão. Altamente estimado e respeitado, era procurado por muitas pessoas que buscavam orientação espiritual. Então aconteceu que a filha adolescente do seu vizinho apareceu grávida. Quando os pais da moça, tomados de ira e revolta, a interrogaram sobre a indentidade do pai da criança, ela acabou dizendo que era Hakuin. Transtornados de raiva, eles foram correndo até o mestre zen e, entre gritos e acusações, contaram-lhe que a filha havia confessado que ele a engravidara. Tudo o que ele disse foi:
- É mesmo?
As notícias sobre o escândalo espalharam-se por toda a cidade e fora dela. O mestre perdeu sua reputação. Isso não o preocupou. As pessoas deixaram de procurá-lo. Ele não se importou com isso também. Quando a criança nasceu, os avós a levaram para Hakuin.
- Você é o pai, então cuide dela.
O mestre cuidou do bebê com o maior carinho. Um ano depois, a mãe, consumida pelo remorso, confessou aos pais que o verdadeiro pai da criança era o rapaz que trabalhava no açougue. Profundamente constrangidos, eles foram procurar Hakuin para se desculpar e pedir seu perdão.
- Sentimos muito. Viemos buscar o bebê. Nossa filha confessou que vocÊ não +e o pai dele.
- É mesmo? – o mestre se limitou a dizer enquanto lhes entregava a criança.”

Eckhart Tolle – Um Novo Mundo – O Despertar de uma Nova Consciência

28.3.09

O que você faz?

O que você faz?
Essa é uma das perguntas mais recorrentes em nosso cotidiano. Basta conhecer uma pessoa nova, que ela aparece. Por mais comum e normal que possa ser, perguntar isso automaticamente nos leva a uma afirmação: de que fazemos apenas uma coisa na vida. Afirmamos de maneira implícita que nossa vida é vivida em função de uma única atividade, nosso trabalho, e que nosso trabalho é uma coisa só por toda a vida. Perguntar o que fazemos da vida, é muito profundo, e provavelmente a resposta que daremos em uma breve conversa de apresentação não transmitirá como você vive a vida. Por isso, acho que deveríamos perguntar “Com o que você trabalha?”. Aí sim, a pergunta é mais adequada a resposta que costumamos dar. Ainda assim, assume que trabalhamos a vida toda com uma única coisa. Quem disse que temos que trabalhar com a mesma coisa a vida toda? Logo, a pergunta mais indicada seria “Com o que você está trabalhando, atualmente?”
Já parou para pensar sobre isso? Como uma pergunta tão comum e frequente pode presumir tantas coisas...

27.3.09

Concentração

Em um jogo de tênis, se você não se concentrar não vence. Nem acerta um saque. Num jogo de golfe, sem concentração não se derruba nenhuma bola. Quando estamos trabalhando nos vemos em vários momentos com a cabeça longe, sem concentração. Será que temos como vencer dessa maneira? Não devemos buscar o mesmo nível de concentração em tudo? Deixar os pensamentos de lado e nos concentrar nas ações de tudo o que estamos fazendo?

25.3.09

Entrevista Roberto Shinyashiki

Resposta de uma pergunta que foi feita ao médico psiquiatra Roberto Shinyashiki, numa entrevista concedida por ele à revista "Isto É".

O entrevistador Camilo Vannuchi perguntou a ele: "Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki responde:
A sociedade quer definir o que é certo. São quatro as Loucuras da Sociedade.
A primeira loucura é: - Instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: -Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira loucura é: -Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura: -Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe.

Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.

Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
Maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer.
Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.

Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional."

Colaboração: Ale Garcia

8.3.09

Por que ele?

Hoje Ronaldo voltou a marcar gols depois de mais de um ano e depois de 3 cirurgias no joelho. Quando estava desacreditado, ele mais uma vez deu a volta por cima, e foi novamente decisivo em uma partida. Na saída do gramado a repórter perguntou: “Ronaldo, você é predestinado?”.

Comecei a refletir sobre essa pergunta. Será mesmo que algumas pessoas são escolhidas em relação a outras? Será que Deus tem seus preferidos? O que acredito é que cada um cria a sua realidade. Tudo o que acontece em nossas vidas é criado antes em nossa mente. Às vezes de maneira consciente, às vezes nem tanto, já que devido ao medo, nossa mente projeta situações que não queremos que aconteçam. Outras vezes nem nos damos conta de que algo que nos aconteceu possa ter passado pela nossa cabeça. O que quero dizer é que podemos criar nossa realidade, no entanto, nossa mente não nos ajuda nesse sentido. Somos escravos do nosso pensamento e na grande maioria das vezes nossa mente nos controla e não o contrário. Por isso, essa situação, que pode parecer fácil ao se escutar é extremamente difícil. Às vezes quando estamos em um período de grande paz e alegria em nossas vidas isso parece mais viável. É o que nos chamamos de ”boa fase”, quando todas as coisas dão certo e parece que tudo conspira a nosso favor. Mas basta acontecer um fato que altere nosso humor e perdemos esse tempo. E de repente, aquilo que parecei muito fácil se torna difícil, passamos a “ter azar”. Nesse momento, projetar somente coisas boas em nossa cabeça e não pensar nos problemas parece impossível.

Voltando ao caso de Ronaldo, o que eu acredito é que ele consegue projetar essas coisas boas na cabeça melhor que qualquer um. As coisas ruins dificilmente entram em sua cabeça, o que leva a uma confiança absurda. Assim, ele realiza as coisas que passam pela sua cabeça. Isso faz dele o fenômeno...

Sorte

‘Era uma vez um fazendeiro. Ele tinha um filho e um cavalo. Um dia, seu cavalo fugiu e os vizinhos vieram consolá-lo, dizendo: “Que má sorte seu cavalo ter fugido”.
E o velho respondeu: “Quem há de saber se é boa ou má sorte.”
“Claro que é má sorte”, repetiram os vizinhos.
Dentro de uma semana, o cavalo voltou para casa, acompanhado por 20 cavalos selvagens. Os vizinhos do fazendeiro vieram comemorar dizendo: “Que sorte a sua. Seu cavalo voltou e ainda trouxe outros 20”.
E o velho respondeu: “Quem há de saber se é boa ou má sorte.”
No dia seguinte, o filho do fazendeiro cavalgava em meio aos cavalos selvagens quando caiu e quebrou a perna. Os vizinhos vieram consolá-lo, dizendo: “Que má sorte.”.
E o fazendeiro disse: “Quem há de saber se é boa ou má sorte.”
Alguns vizinhos ficaram zangados e disseram:”Claro que é má sorte, seu velho tolo.”
Outra semana se passou e o exército atravessou a cidade, recrutando todos os rapazes em forma para combaterem em terras distantes. O filho do fazendeiro, com a perna quebrada ficou em casa. Todos os vizinhos vieram comemorar, dizendo: “Que boa sorte se filho ter ficado em casa.”
E o fazendeiro disse: “Quem há de saber?” ‘
(Siga seu Coração – Andrew Matthews)

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Como podemos definir se as coisas são boas ou ruins pelo simples acontecimento, pelo simples fato isolado? Não podemos prever o futuro e não sabemos o que cada evento em nossa vida pode nos proporcionar. Se julgarmos as coisas como ruins, ou como má sorte, sempre ressaltando o lado negativo, é muito provável que coisas ruins venham a acontecer na sequência. No entanto, se mudarmos nossa atitude em relação a determinado acontecimento e pudermos reagir de forma positiva, podemos ser sinceros com nós mesmos. Podemos ver o que é possível aprender com a situação, ou mesmo projetar uma situação que nos leve onde pretendemos estar. Não devemos julgar as situações, apenas aceitar.

6.3.09

Por que cansamos?

Por que cansamos?
Será que os insetos e os pássaros cansam de voar? Será que os peixes cansam de nadar?
Será que temos mesmo limitações no nosso corpo ou é tudo psicológico? Por que tudo o que fazemos nos leva ao cansaço? Mesmo quando nos deslocamos de um lugar para outro, de carro, ficamos cansados de guiar. Será que o cansaço físico não é fruto do medo e da preocupação que habitam nossa mente? Se acordássemos um dia e em nenhum instante passasse pela nossa cabeça que podemos nos cansar, e saíssemos caminhando por aí, ficaríamos cansados?

5.3.09

"As pessoas são insensatas, ilógicas e autocentradas.
AME-AS MESMO ASSIM.

Se você fizer o bem, as pessoas o acusarão de egoísmo, de ser movido por segundas intenções.
FAÇA O BEM MESMO ASSIM.

Se você for bem-sucedido, ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.
SEJA BEM-SUCEDIDO MESMO ASSIM.

O bem que você fizer será esquecido no dia seguinte.
FAÇA O BEM MESMO ASSIM.

A honestidade e a franqueza o deixam vulnerável.
SEHA HONESTO E FRANCO MESMO ASSIM.

Pessoas grandes com idéias ainda maiores serão atacadas por pessoas pequenas com mentes ainda menores.
PENSE GRANDE MESMO ASSIM.

As pessoas preferem os humildes, mas só seguem os poderosos.
SEJA HUMILDE MESMO ASSIM.

O que você passou anos construindo pode ser destruído da noite para o dia.
CONSTRUA MESMO ASSIM.

As pessoas precisam da sua ajuda, mas podem atacá-lo se você as ajudar.
AJUDE-AS MESMO ASSIM.

Dê ao mundo o melhor que tem para dar e você sofrerá rejeição.
DÊ AO MUNDO O SEU MELHOR MESMO ASSIM."
(O Ritmo da Vida - Matthew Kelly)

Viagens

Você já conheceu alguém que diz não gostar de viajar? Difícil. Acho que todas as pessoas no mundo gostam de viajar. Por que? Vamos pensar nas coisas boas das viagens. Conhecer lugares diferentes, visitar locais que sempre sonhamos estar, ver paisagens que não estamos acostumados a ver, sentir um clima diferente, conhecer culturas, conhecer pessoas novas, ouvir sotaques diferentes, línguas diferentes, fazer coisas que normalmente não fazemos, viver em função da diversão e da alegria, enfim, esquecer a vida que levamos.

Eu particularmente sou um grande crítico da vida que levamos, especialmente em uma cidade como São Paulo. Vivemos para o trabalho, trabalhando numa coisa que dificilmente sonhamos fazer. Buscamos somente o resultado de todo esse nosso esforço: o dinheiro.

Quando viajamos, mudamos de vida e passamos um tempo vivendo da maneira como deveríamos viver. Em primeiro lugar, uma viagem não tem preocupações ou stress. Você mesmo já deve ter dito a si mesmo: “estou de férias, não vou me estressar”. Apenas esse fato já cria um ambiente mais propício a alegria. Mas por que mantemos esse comportamento restrito às férias? Por que não dizemos todos os dias: “estou vivendo, não vou me estressar”?

Depois, perceba como nosso comportamento é diferente nas nossas férias. Nós ajudamos mais uns aos outros: ajudamos a carregar as malas, dividimos tarefas. Quando alugamos uma casa com os amigos, não dividimos as funções? Mesmo o mais preguiçoso diz:” não ajudei em nada, por isso deixem que eu lavo a louça”. Você sai na rua durante uma excursão e sorri para todos, cumprimenta estranhos, busca passar o tempo fazendo algo que gosta. Além disso, em muitos casos, o intuito é que todos gastem o mesmo, dividindo todos os gastos durante a viagem.

Percebeu como mudamos numa viagem de férias? Quando voltamos, basta chegar na sua cidade para retomar todo o comportamento que você está acostumado a ter. A mudança que tivemos nas férias vai embora como num passe de mágica e ficamos nos lamentando, sobre como foram boas nossas férias.

Não podemos manter um pouco das atitudes e do comportamento que tivemos nas férias?
"Itzhak Perlman é um dos maiores violinistas vivos. Há alguns anos, depois de um concerto em Viena, ele aceitou comparecer a uma festa de caridade. Durante a festa, Perlman permaneceu numa área protegida, onde os convidados iam cumprimentá-lo. Um deles, ao apertar a mão do violinista, exclamou entusiasmado: “Toda a minha vida eu tive um grande amor pelo violino. Ouvi todos os grandes violinistas, mas nunca ouvi ninguém tocar de maneira tão brilhante quanto o senhor o fez essa noite.” Perlman sorriu e agradeceu o elogio. O homem continuou: “Sabe, Sr. Perlman, eu daria a vida para ser capaz de tocar violino como o senhor tocou esta noite.”
Perlman sorriu mais uma vez e disse: “Eu dei.” "
(O Ritmo da Vida – Matthew Kelly)
"Em minha carreira eu errei mais de 9.000 arremessos, perdi mais de 300 partidas e falhei 26 vezes o arremesso decisivo da partida que me fora confiado. Ao longo da vida e da carreira eu errei, errei e errei. Por isso fui bem sucedido. "
Michael Jordan

O Banco da Praça

Dutrante uma viagem de carnaval, sentei no banco da praça, esperando uns amigos resolverem assuntos de carnaval do outro lado da rua. Seria a época mais improvável de se ter um estalo ou perceber algo que não havia percebido a vida toda: o real motivo de algumas pessoas passarem tanto tempo nas praças. Lá você vê a vida acontecendo. Pessoas segundo suas rotinas normalmente do outro lado da rua, percebe a natureza, vê os animais, ouve os pássros e o barulho das árvores, sente o vento e o sol. Indo mais a fundo nessa reflexão, entendi porque as pessoas mais velhas são as que passam mais tempo nos bancos das praças. Não é porque têm m ais tempo e podem ficar o dia todo lá, mas porque somente depois de muitos anos vividos começam a perceber tudo o que acontece enquanto estamos ocupados, com nossas mentes trabalhando: toda a vida que existe em tudo o que vemos e não reparamos. Não nos damos conta de tudo o que há acontecendo no agora, fora dos nossos pensamentos que nos consomem...
"Certa vez, um grego muito pobre se candidatou a um emprego de zelador num banco de Atenas.
- Você sabe escrever? – Perguntou-lhe, preconceituosamente o chefe do departamento pessoal .
- Só o meu nome –respondeu o sujeito
Não tendo conseguido o emprego, ele arranjou dinheiro emprestado para comprar uma passagem de tereira classe para os Estados Unidos e seguiu o seu sonho até a ‘terra das oportunidades’.
Muitos anos mais tarde, um um importante empresário grego dava uma entrevista coletiva em seu belo escritório em Wall Street. Ao término da entrevista, um repórter audacioso lhe disse:
- O senho devia publicar suas memórias um dia.
O cavalheiro sorriu:
- Impossível – disse ele – Eu mal sei escrever.
O repórter ficou atônito.
- Pense apenas – insistiu – em como o senhor poderia ter ido mais longe se soubesse escrever bem.
O grego balançou a cabeça e replicou:
- Se eu soubesse escrever bem, seria provavelmente zelador num banco. "
(O Ritmo da Vida – Matthew Kelly)

Tudo é da maneira como deve ser

Tudo é da maneira como deve ser. Tudo é natural. A chuva cai molhando o vidro e a gota não escolhe qual caminho percorrer, por qual lado deslizar. Apenas desliza, percorrendo o caminho que a leva mais rápido ao chão. Pense naquelas coisas que você considera as mais belas e graciosas da natureza. As árvores, as plantas, o vôo dos pássaros, o pôr-do-sol? As árvores não escolhem como crescer, apenas crescem. As flores não escolhem em que período aparecer, apenas aparecem. Os pássaros não escolhem voar, apenas voam. O sol não escolhe o horário de se pôr, apenas se põe.
Por que temos que ser diferentes?