17.4.09

Entrevista Maya Angelou

"Em abril, Maya Angelou foi entrevistada por Oprah Winfrey na passagem de seu aniversário, mais de 70. Oprah perguntou o que ela sente diante da velhice que chega.

Resposta: 'animada'. Comentando as mudanças no corpo, disse que há muitas, a cada dia. Como os peitos, que estão competindo um com o outro para ver qual chega primeiro à cintura. A platéia riu de chorar.

Uma das grandes vozes do nosso tempo, Maya Angelou é uma mulher simples, direta, cheia de sabedoria... Alguns exemplos:

Aprendi que aconteça o que acontecer, pode até parecer ruim hoje, mas a vida continua e amanhã melhora.

Aprendi que dá para descobrir muita coisa a respeito de uma pessoa observando-se como ela lida com três coisas: dia de chuva, bagagem perdida, luzes de árvore de Natal emboladas.

Aprendi que, independentemente da relação que você tenha com seus pais, vai ter saudade deles quando se forem.

Aprendi que 'ganhar a vida' [making a living] não é o mesmo que 'ter uma vida' [making a life].

Aprendi que a vida às vezes nos oferece uma segunda oportunidade.

Aprendi que a gente não deve viver tentando agarrar tudo pela vida afora; tem que saber abrir mão de algumas coisas.

Aprendi que quando decido alguma coisa com o coração, em geral vem a ser a decisão correta.

Aprendi que mesmo quando tenho dores, não tenho que ser um saco.

Aprendi que todo dia a gente deve estender a mão e tocar alguém. As pessoas adoram um abraço apertado, ou mesmo um simples tapinha nas costas. Aprendi que ainda tenho muito o que aprender.

Aprendi que as pessoas esquecem o que você diz, esquecem o que você faz, mas não esquecem como você faz com que se sintam."

Colaboração: Ale Garcia

15.4.09

"When you are present in this moment, you break the continuity of your story, of past and future.
Then true intelligence arises, and also love.
The only way love can come into your life is not through form, but through that inner spaciousness that is Presence. Love has no form."

- Excerpt from Eckhart Tolle's Stillness Amidst the World

13.4.09

Deixar de lado

Como seria o mundo se todos nós tivéssemos a capacidade de deixar de lado as coisas que achamos erradas? Se automaticamente esquecêssemos atitudes que sob nosso ponto de vista não deveriam ser assim? Se conseguíssemos sempre lembrar das coisas boas que as pessoas fizeram em detrimento das atitudes que repreendemos? Por que deixar que por alguns momentos, a atitude que reprimimos seja a imagem que temos da pessoa? Deixamos que a imagem ruim se sobreponha a imagem boa.

Com certeza teríamos mais liberdade. Arriscaríamos mais e provavelmente teríamos mais chance de expressarmos o que realmente somos. Teríamos menos medo. Viveríamos mais no presente, não se apegando tanto ao passado, ou temendo o futuro. O agora seria mais longo.
Pais são pessoas que têm um pouco mais dessa capacidade de perdoar, mães especialmente. No entanto ainda assim, ninguém chega ao ponto onde quero chegar, o estado em que logo após descobrir uma atitude que a nosso ponto de vista tenha sido errada, deixamos de lado. E passamos a valorizar mais outras coisas boas que foram realizadas. Se houvesse isso, as crianças não seriam castigadas. Seriam incentivadas. Pelo elogio de sempre valorizar boas atitudes. E assim, quem sabe teríamos uma sociedade com mais amor e menos medo.

Resumindo, o que quero dizer é:
Valorize o bem, deixe de lado o que achou errado.

6.4.09

Homem na Igreja

Não sou uma pessoa de frequentar igrejas. Só vou em casamentos e missas de falecimentos. Não há como negar que estar nesses lugares traz uma grande paz. No meu caso, nem tanto pelas palavras proferidas pelos padres, mas pelo próprio ambiente em si. No entanto, essa semana estive em uma missa de 7º dia e além desse estado de paz, pude perceber uma outra coisa. As pessoas se desmascaram quando entram na igreja. Cai aquela máscara que vestem no dia-a-dia para mostrar quem querem aparentar. Baixam a guarda da postura defensiva que adotam na rua e ficam mais abertos. Você pode perceber pessoas pessoas que na rua parecem não temer nada, pedindo ajuda, pessoas que dizem ser totalmente corretas pedindo perdão. Ainda há aqueles que não deixam a máscara que vestem cair, e por isso, mesmo dentro continuam preocupadas com o que os outros possam pensar, olhando para os lados antes de qualquer movimento: “será que devo fazer o sinal da cruz?”, “será que devo me ajoelhar” “e se não fizer isso?”, “e se não me levantar nessa hora?”. Ficam preocupadas, não só com o que as outras pessoas que estão presentes podem pensar, como também com um certo receio de uma repreensão ou castigo divino. No final das contas, podemos perceber com essa experiência que todos os seres humanos sofrem. Todos têm suas preocupações, todas têm seus medos. O medo move o homem. Tudo que faz é baseado em algum tipo de medo. Uns aparentam, outros procuram esconder, e outros nem têm consciência disso, mas no final das contas estão sendo movidos por esse sentimento. O medo que move, faz sofrer, torna difícil encontrar a paz interior. E sem paz interior a vida não sai da maneira como gostaríamos que saísse.

5.4.09

"Não é porque as coisas são difíceis que não as desafiamos.
É porque não as desafiamos que elas são difíceis." - Lucius Annaeus Seneca

2.4.09

Como se mede o sucesso?

Como se mede o sucesso de uma pessoa? Podemos até tentar discordar, mas à primeira instância, sempre avaliamos pelas conquistas profissionais, por uma carreira de sucesso, por quanto dinheiro essa pessoa acumulou na vida. No entanto, quando uma pessoa morre, lembramos da sua conta bancária, de quantos bens ela possuiu, ou dos momentos marcantes de sua vida? De um amigo, vamos lembrar dos momentos engraçados, das risadas que demos juntos e das histórias que até hoje contamos a outras pessoas. De familiares, pais, ou avós, nos lembraremos dos momentos de afeto, de palavras de sabedoria, dos ensinamentos. Daqueles que de alguma maneira nos ajudaram, o que ficará guardado será o altruísmo, o fato de terem pensado nos outros antes de si. De pessoas que passaram por nossas vidas, mas que não chegamos a conhecer na intimidade, vamos nos lembrar do comportamento, de algo que ela tenha de melhor que nós. Assim como Roberto Shinyashiki disse que “ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida”, quando uma pessoa se vai, as principais coisas que lembramos dela não são de quanto dinheiro ganhou ou de quantos bens acumulou, mas sim dos momentos em que sua presença marcou nossas vidas. Por isso, sucesso, para mim, não deve ser medido da maneira como o fazemos hoje, mas sim pela maneira como a pessoa vive. Pelo tempo que ela passa estando no presente: vivendo histórias que dão gosto de serem contadas a outras pessoas, dando muita risada, falando palavras de afeto, palavras de sabedoria, ensinando o que sabemos, sendo altruístas, pensando nos outros, adotando uma postura que será lembrada mesmo por aqueles que nos conheceram por apenas alguns segundos...

1.4.09

Falemos?

Quem nunca se viu agindo contra seus pensamentos? Querendo dizer uma coisa, mas ficando quieto? Ou mesmo falando o oposto? Será que somos nós mesmos quando agimos dessa maneira? Ou estamos sendo influenciados por alguma coisa? Talvez pelo medo? Medo de sermos repreendidos? Medo de sermos minimizados? De ouvirmos o que não queremos? Ou de ouvirmos algumas verdades? Verdades que não estamos preparados para ouvir? Que não estamos prontos para assumir? Essas verdades são verdades para todos? Ou verdades apenas para quem fala? Quem fala, fala o que tem vontade de dizer? Ou é apenas mais uma pessoa que cai no mesmo dilema do começo desse texto? Se vamos dizer alguma coisa a alguém, esse alguém vai responder com o que quer dizer? Ou com o oposto do que pensa? Por medo de dizer e ouvir o que não quer ouvir? Não sei. Então apenas diga.

John Mayer - Say

Take all of your wasted honor
Every little past frustration
Take all your so called problems
Better put 'em in quotations

Say what you need to say

Walking like a one man army
Fighting with the shadows in your head
Living out the same old moment
Knowing you'd be better off instead

If you could only
Say what you need to say

Have no fear
For giving in
Have no fear
For giving over
You better know that in the end
It's better to say too much
Then never to say what you need to say again

Even if your hands are shaking
And your faith is broken
Even as the eyes are closing
Do it with a heart wide open... wide...

Say what you need to say

Colaboração: Felipe Natal