Última tarefa! Demorei mais tempo do que imaginei que fosse preciso, mas acho que tudo correu como deveria ser. Estou terminando o desafio hoje, embarcando por duas semanas férias amanhã e na volta, não estarei mais na casa dos meus pais. O fim de um ciclo. Esse período do desafio foi realmente transformador. Fiz coisas que jamais pensei que pudesse fazer, tentei me abrir mais, ser mais livre com sentimentos e emoções e esse blog foi meu instrumento de libertação.
Há alguns meses, vi uma palestra de Rick Warren, autor do livro “Uma Vida com Propósitos”. Ele fala justamente sobre como viver com mais plenitude e se sentindo útil. Uma das lições sobre a qual ele fala é que devemos buscar saber o que temos nas mãos, o que nos foi dado nessa nossa vida e analisar como estamos utilizando isso. Quais são os talentos e habilidades que você tem e como você os utiliza? Não me considero uma pessoa com alguma habilidade específica que pudesse me colocar em lugar de destaque, ou a ponto de poder ensinar as pessoas. Esses dias de 30-Day Challenge, me ajudaram a chegar um pouco mais perto do que imagino ser uma maneira mais correta de se viver e gostaria de aproveitar essa última tarefa para contar a vocês, amigos que me acompanharam nesse período, as coisas que pude aprender.
1 – Rotina só existe se você quiser. Muita gente passa a vida reclamando da rotina. Reclamam que fazem sempre as mesmas coisas e que estão infelizes com a vida que levam. Fazendo pequenas mudanças, a rotina desaparece. O dia em que saí sem carro é um bom exemplo disso. E coisas ainda menores podem ser feitas. Experimente reparar mais no que está ao seu redor e nas coisas que vê no caminho. É como se um novo leque de opções se abrisse.
2 – Pensar demais atrapalha. Dizem que o homem utiliza apenas 10% da capacidade do seu cérebro. Acho que os outros 90% são utilizados com suposições e criando cenários que nunca existiram e nem vão existir. Saia da sua cabeça e veja como as coisas mudam para melhor.
3 – A melhor maneira de parar com pensamentos negativos é a ação. Muitas vezes fiquei nervoso com as atitudes que iria tomar, sendo tomado por centenas de pensamentos e enquanto não agisse, esses pensamentos me dominavam. Quando nosso eu crítico ameaçar aparecer, quebre com ação. Pare de pensar e simplesmente faça.
4 – Elogie sempre que possível. Algumas pessoas me criticaram ou ironizaram esse desafio em que me lancei. Mas recebi o elogio de muitas outras. E esses elogios têm o efeito de eliminar as críticas e torná-las irrelevantes. Todas as pessoas procuram aceitação e muitas vezes questionam se estão fazendo o certo. Elogiá-las mostra que estão no caminho certo. Nunca é demais. Sempre é bem aceito.
5 – Se o que você pretende fazer vai beneficiar outra pessoa, faça! É engraçado, mas algumas das atividades que fiz tinham o intuito de ajudar as pessoas e mesmo assim eu ficava receoso em fazer. Por que motivo? Se a idéia é fazer o bem, por que ter medo? Faz bem se generoso. Ser generoso com os outros, deixa as pessoas com quem você interage felizes e faz você se sentir bem. Acho que esse é o combustível para melhorar a sociedade. Se todos fossem generosos, que espaço restaria para o individualismo?
6 – As pessoas que gostam de você, sempre vão querer a sua felicidade. Não tenha medo da crítica, ou de desagradar as pessoas que você mais gosta. Se o que você pretende fazer tem sua felicidade como finalidade, você não vai desagradar a essas pessoas. Elas querem o seu bem, tanto quanto você.
7 – Acabe com o isolamento. Entre em contato com as pessoas que você gosta. Ligue para seus amigos, escreva mensagens bacanas, visite essas pessoas. As barreiras que nos separam são invisíveis e alguém precisa rompê-las. Não pense que as pessoas não ligam para você. Elas apenas estão presas nas mesmas barreiras invisíveis que você.
8 – Contato com a natureza. Uma das melhores heranças que terei desse desafio, foi ter adquirido o hábito de cuidar de um jardim. A natureza revela todos os ensinamentos que precisamos e nos coloca no presente. É possível aprender muito reparando nas plantas, nos animais e em tudo que é natural. Devemos deixar nossa vida ser natural como a natureza.
9 – Não existe certo ou errado. Se você busca fazer o bem, evoluir ou a felicidade, a sua maneira é a maneira certa. Se pensasse em regras, certo, ou errado, não teria completado esses desafio. Por vezes pensava se estava cumprindo corretamente as tarefas, mas desde que estivesse buscando me tornar uma pessoa melhor, estava no caminho.
10 – Constância. Ter constância é fundamental para conseguir criar novos hábitos e mudar comportamentos. Nos períodos em que tive constância, tudo fluía mais fácil. Quando perdi a constância, tive dificuldades, deixei a rotina me engolir, perdi o espírito de fazer o bem. Ghandi disse que “pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter e nosso caráter se torna nosso destino”.
Nesses 60 dias que duraram meu desafio de 30 dias (rs), pude aprender essas coisas que citei acima. Claro que ainda tenho dificuldade em aplicar todos esses insights no meu dia-a-dia. São coisas que aprendi, mas que ainda não são hábitos meus. Como vocês puderam acompanhar, tenho muitos anseios, medos e inseguranças que me impedem de ser totalmente livre. Mas acho que estou caminhando passo a passo para melhorar. Não tive a pretensão de ser melhor que ninguém, nem de me mostrar uma pessoa que não sou. Apenas busco ser um ser humano melhor que já fui.
Obrigado a todas as pessoas que acompanharam esses posts, que me enviaram mensagens de apoio e elogios. Foi daí que tive força e disciplina para completar.
Para terminar, revelo um segredo. Todos os dias, quando ia começar a escrever, colocava o fone e ouvia a essa música. Foi o tema que deu a inspiração dos meus textos.
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