Quando escrevi as 30 tarefas no blog, ainda não havia
começado o desafio. Depois dos primeiros dias, já pude perceber que algumas
tarefas, pela maneira como escrevi, não eram o que eu queria dizer. Mas achei
melhor manter como estava desde o início. A de hoje é uma dessas. A proposta da
tarefa de convidar alguém para um passeio era com o foco no passeio e não no
convite. Portanto, considerem a descrição da 14ª tarefa como sendo realizar um
passeio.
Esse domingo fiz um dos passeios mais espetaculares que já
realizei. Quem me conhece bem, sabe que costumo ser meio exagerado e usar
muitos superlativos nas descrições de experiências e descobertas. Mas dessa vez
não é nenhum exagero.
Fui com a Vitória (o motivo da minha viagem para BH) ao
Instituto Inhotim, em Brumadinho, a 60km de Belo Horizonte. Havia visto algumas
fotos e sabia que era um lugar bonito. Mas me surpreendi com a beleza e a
estrutura do local. O Inhotim é um misto de parque, jardim botânico e museu. É
um museu de arte contemporânea inserido em uma imensidão verde. O fato de ser
localizado em uma cidadezinha do interior de Minas já confere um ar de
exclusividade ao espaço.
Lagos incríveis com espelhos de água verdes, gramados bem
cuidados e uma vegetação nativa contrastam com galerias de arte e obras
modernas por todos os 1.000.000 m2. Não entendo nada de arte moderna e nem
costumo freqüentar museus em São Paulo, mas passear por esse espaço me fez
ficar interessado por tudo.
Queria colocar um passeio como tarefa nesses 30 dias porque
sabia que é uma ótima oportunidade para reflexão e quebrar o padrão de
pensamento de todos os dias. Respirar ar puro de verdade e ter um contato tão
próximo com a natureza já nos faz conectar com nosso interior. Passear por um
local como Inhotim o faz prestar atenção em coisas que passam sempre
despercebidas e estimula ver o mundo com outros olhos, sob um outro prisma. É
legal ir acompanhado a esse tipo de lugar pois a percepção de outra pessoa te
faz ver coisas que não está reparando. A Vitória é estudante de design e vem do
interior de São Paulo. Tem uma visão totalmente diferente da minha em relação a
arte (eufemismo para dizer que conhece muito mais que eu) e um conhecimento
vasto e espontâneo sobre a natureza.
Recomendo a todos que façam esse passeio. Não deve em nada a
nenhum parque de outros países. Deveria ser muito mais divulgado e parada
obrigatória para todos os brasileiros.
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