O desafio de 30 dias está me
fazendo mudar o comportamento em algumas situações corriqueiras, ou atividades
que fazemos sempre do mesmo jeito, como se tivéssemos acionado o modo
automático.
Hoje, na volta para casa passei
no supermercado para comprar shampoo. Tive um dia relativamente cansativo e queria
muito chegar em casa logo. Mas lembrei
que ainda não tinha feita nenhuma tafera da lista. Comecei a prestar atenção ao
que estava ao meu redor e tentei encontrar alguma situação em que pudesse
ajudar. Selecionei o que ia comprar e entrei na fila Mas hoje, não busquei o
caixa de menor fila. Entrei atrás de uma mulher que estava sozinha e com o
carrinho com muitas compras. Era uma mulher de meia idade e estava atrapalhada
tirando suas compras do carrinho e colocando na esteira do caixa. Ofereci ajuda
e ela recusou. Agradeceu e disse que não tinha necessidade. Nesse momento,
alguns pensamentos me ocorreram, como: “é verdade, o carrinho nem está tão
cheio / Pra que ajudar / Ela consegue descarregar sozinha”. Acho que todos nós
devemos ter dentro de nossas cabeças uma pessoa muito chata que sempre acha que
não devemos fazer nada pelos outros. Rapidamente cortei esses pensamentos com
ação e comecei a pegar suas compras. Disse:
- Moça, não faz sentido. Tenho
dois braços desocupados. Não faz sentido ficar com eles cruzados vendo você
descarregar o carrinho.
Quantas vezes na vida não fiz
isso? Fiquei parado atrás da pessoa, vendo ela agachar e se inclinar ao
carrinho dezenas de vezes. Sem fazer nada. De fato, não faz sentido algum. Pode
parecer um pouco invasivo começar a descarregar as compras alheias, ver o que
eles consomem. Mas e daí?
Assim que comecei a ajudá-la, seu
semblante, que estava fechado se abriu. Ela
abriu um largo sorriso e o manteve. Logo em seguida, brincou com a moça
do caixa, fez uma piadinha com a senha que digitou errado que por sua vez riu
de volta. Agradeceu-me mais uma vez e foi embora, mantendo o semblante aberto.
Não acho que sejam necessários
grandes gestos ou ajudas de grande impacto. Fazendo uma coisa pequena, a gente
passa a alegria adiante.
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