14.7.12

Dia 17 - Dar um presente a sim mesmo e Aprender algo que sempre quis fazer


Alguns amigos me perguntaram por que incluí dar um presente a si mesmo em um desafio para se tornar uma pessoa melhor. “Por que não dar um presente a alguém?” A resposta é muito simples. Porque precisamos valorizar a nós mesmos também. Querer fazer bem a si mesmo não é um ato egoísta. Egoísta é querer fazer bem a si o tempo todo, prejudicando ou deixando de prestar atenção aos outros. Depois de quase 3 semanas pensando em ações que pudessem valorizar outras pessoas, achei que era justo pensar em algo para mim também.

Mas para realizar essa tarefa, utilizei uma caixinha que criei há alguns meses. Todos os dias (pelo menos eu tento que seja todos os dias) quando chego em casa, deposito uma moeda, ou algum dinheiro em uma caixinha que tenho no meu quarto. A idéia é que sempre, ao final do mês, eu utilize esse dinheiro para comprar alguma coisa para mim, que não compraria normalmente. Não falo de coisas fúteis, mas coisas que gostaria de ter, mas em condições normais optaria por não gastar com isso. Conto as moedas e notas, vejo quanto dinheiro guardei e saio ao shopping para ver como posso gastar. A idéia é zerar essa caixinha, para recomeçar do zero no mês seguinte. Pretendia fazer isso todos os meses, mas acabo deixando passar e não sigo à risca essa regra. Normalmente não passa de 40, 50 reais.

Aproveitei que no último mês não zerei esse caixa para comprar me dar algo de presente com o que juntei. Fui a um shopping perto de casa e rodei procurando algo que me interessasse e que não fosse roupa, ou algo que precisasse com urgência (por exemplo, não posso gastar esse dinheiro com pilhas, lâminas de barbear e pão). Não estava vendo muita coisa interessante. Não sou muito consumista, nem muito fã de shopping centers e quando vou, quase sempre volto sem comprar nada.



Estava quase desistindo de comprar algo hoje quando vi uma  coisa que sempre gostei. Mágicas!  Sempre fui fascinado por shows de mágica, Davids Blaine e Copperfield, mágicos de circo e não perdia um episódio do Mr. M. hahahah. Um quiosquinho de mágicas. Por algum motivo, sempre tive vergonha de pedir para o aspirante a mágico da loja me mostrar as mágicas, porque sabia que não iria comprar, e então passava direto. Dessa vez, parei, pedi algumas demonstrações e acabei comprando um kit com todas as minhas moedinhas e notas. Saí feliz. Foi como comprar um presente quando criança. Depois de alguns anos trabalhando no mercado de brinquedos, comprar um brinquedo para mim voltou a ser uma experiência muito gostosa. E ainda cumpri duas tarefas no mesmo dia, já que vou aprender alguns truques... ;)

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Agora um breve update. Aproveitei o sábado para visitar meu amigo Sr. Eduardo (de quem falei no segundo dia). Fui até seu apartamento em Diadema para encontrá-lo. Faz quase um ano que o conheci e imaginava que era uma daquelas pessoas que jamais voltaria a ver. Por sorte, esse desafio me forçou a sair do meu lugar comum e fazer coisas novas (até porque jamais havia ido para Diadema antes). Foi uma visita bastante especial. Ele estava sozinho e ficou bastante feliz com minha presença. Conversamos um pouco sobre a experiência no retiro em que estivemos juntos e depois ele começou a me contar algumas histórias de sua busca espiritual. Contou que já passou por 6 grupos religiosos diferentes, me mostrou fotos e um material que me impressionou. Abriu o notebook (com uma destreza incrível para alguém de 84 anos) e começou a me mostrar os aquivos de seu pen drive.Tinha dezenas de arquivos em Word de textos de espiritualidade, mensagens que compilou e devaneios e interpretações que escreveu. Disse que havia desenvolvido algumas técnicas de cura e energização e estava tudo registrado. Como gosto demais desses assuntos, ele viu que me interessei bastante e prometeu me passar por email alguns desses arquivos. 

Ao final da minha visita, entregou-me um livro de contos que tem publicado e autografou com uma dedicatória.

Fiz uma visita rápida, poderia ter ficado mais tempo. E esse tempo foi suficiente para perceber como estamos cada vez mais nos isolando. Estamos cada um de nós, presos aos nossos próprios pensamentos, refletindo sobre nossos próprios problemas e buscando cada vez menos contato social. E com isso, cada um vai ficando isolado em sua casa e se sentindo solitário. Temos muitos conhecidos, mas passamos cada vez menos tempo perto dessas pessoas. Não é preciso muito, basta uma decisão de sair do estado de inércia e da zona de conforto. Certeza que existem diversas pessoas que gostariam de nos encontrar e não estamos fazendo nada para isso acontecer. Nem elas.


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